Os Mártires da Igreja

Em 28 de dezembro a igreja celebra seus mártires. Do ponto de vista cristão, mártir é aquele que sacrifica sua própria vida em nome da fé que professa em Cristo.

O martírio teve seu ponto mais alto em Jesus. Perseguido desde o seu nascimento, foi humilhado, açoitado e crucificado mesmo sendo o filho de Deus.

A história nos revela que muito sangue foi derramado após a morte e ressureição de Jesus. Com exceção do apóstolo João que, segundo historiadores morreu de velhice, todos os demais tiveram uma morte violenta, decorrente de açoites, apedrejamento, entre outros atos bárbaros. 

Santo Estevão é considerado o primeiro mártir do Cristianismo, após Jesus. Homem cheio de fé e de sabedoria foi apedrejado até a morte por causa da fidelidade pela qual pregou o evangelho aos entregadores e assassinos de Cristo.

Além dos apóstolos e discípulos, milhares de cristãos derramaram seu sangue no Coliseu, no Circo de Nero e nos anfiteatros romanos em toda a volta do Mediterrâneo.

 Infelizmente, as perseguições não se limitaram ao início do Cristianismo. Durante o seu pontificado, ao nomear uma Comissão destinada a recensear os mártires do século XX, o Papa João Paulo II concluiu que esse século tinha feito mais mártires do que toda a história anterior da Igreja, tendo em vista os mais de dez mil relatos de martírio que chegaram a Roma, em cerca de dez línguas diferentes.

Lamentavelmente, nos dias de hoje, ainda há cristãos em várias partes do mundo que estão sendo perseguidos.

Rezemos para que um dia haja, como já sugeriu o Papa Francisco, o tão importante “diálogo entre as religiões”, pois, como ele mesmo afirma, “muitos pensam diferente, sentem diferente, buscam Deus e encontram a Deus de maneira diferente. Nesta multidão, neste leque de religiões, há uma só certeza: todos somos filhos de Deus”.

Eclerivan Figueredo | PasCom São José Trabalhador